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terça-feira, 2 de abril de 2013
Judocas participam de seletiva neste sábado

O processo de ‘desaprendizagem’ por conta de certas emissoras de TV
A Constituição Federal garante que a Educação é um direito de todos. Não importa a raça, religião e nem a condição financeira. Ela se faz desde o nascimento, é obrigação da família e do Estado oferecê-la para os indivíduos que se desenvolvem. Não há idade para aprender, é o que apontam muitos estudiosos da temática.
Estamos em pleno século XXI, ainda é possível encontrar pessoas analfabetas em nosso país, seja por opção ou condição social. Narrativas históricas, como por exemplo, mostradas no filme “Narradores de Javé”, é uma prova de que as experiências, muitas vezes, são mais importantes que os estudos, pois, muitos tem que escolher entre trabalhar ou estudar.
O processo de aprendizagem, de acordo com Vygotsky, parte da interação do meio. E que meio é este em que a sociedade contemporânea está inserida? É um questionamento a se fazer todas as vezes que apertamos o botão do controle de nossa TV. É utópico dizer que controlamos o que queremos consumir, uma vez que os produtos de massa não são produzidos seguindo a norma-culta, como é o caso de discursos em telenovelas.
O artigo “A Influência da Televisão no Comportamento da Criança de Educação Intanfil”, de Maria Cândida Pereira e Márcia Santos Anjo Reis, publicado no XXIII Congresso de Educação do Sudoeste Goiano, em 2007, mostra a análise da participação da televisão na construção de visão de mundo das crianças da educação infantil e apresenta o poder que este veículo possui, com isso pode-se interpretar situações adversas de acordo com os pontos de vista.
Para elucidar ainda mais a questão televisiva, a produção “Utilização da telenovela no desenvolvimento de competências de leitura: uma abordagem semiótica”, de Loredana Limoli e Ana Paula Ferreira de Mendonça, publicada em Estudos Linguísticos, São Paulo, 38 (3): 551-560, set.-dez. 2009, aponta que as telenovelas podem deixar de ser uma “concorrente” da escola e ser levada à sala de aula, servindo de instrumento pedagógico para o ensino de leitura e produção textual. A proposta é interessante, o cuidado extremamente necessário. Que tal utilizar estes discursos errôneos para apresentar o correto? Esta pode ser uma das alternativas para a excelência educacional.
É cômico, se não fosse trágico, observar em breves cenas de novelas a quantidade de erros proferidos para uma camada gigantesca, esta que infelizmente possuí muitos analfabetos, analfabetos funcionais e indivíduos que não dominam a própria língua.
O grande problema neste processo de ‘desaprendizagem’ é que por melhor que o seja o professor, profissional pouco remunerado, ele não consegue manter um ‘padrão de qualidade’, porque em sala de aula o correto torna-se careta e chato, o lindo é falar totalmente errado e sempre ‘bombar’ em concursos públicos e vestibulares.
Algo que os governos podem fazer é incentivar produções educacionais, algo para difundir o que os professores ensinam em sala de aula, no entanto, passar estes programas em horários nobres, não às madrugadas.
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